quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O NASCER DE UM AMBIENTALISTA

















Haverá um tempo que nossas ações serão julgadas,
e nenhum tribunal provará a inocência do homem.
Nossa torpeza, nossa voracidade pelo vil metal,
nosso pseudo avanço tecnológico, nos colocará como réus..
O universo não conspirará a favor da raça humana,
estamos viciando nosso habitat, lesionando o ecossistema,
e colocando em demanda a natureza.
Somos predadores, cínicos, inexatos e pretensiosos.
Tornamo-nos assassinos em série, tiranos,
nossa imbecilidade imortalizou-se.
No inicio matávamos pelo prazer da conquista, do poder.
Hoje caracterizou-se que somos o único ser, que mata por ódio.
Barbarizamos nossa própria espécie, e como se não bastasse,
estamos em escala gigantesca alterando nossa biodiversidade.
Somos assassinos...
Matamos nossos pássaros, nossas borboletas,
devastamos nossas matas, poluímos nossos rios e mares,
destruímos nossas plantas, e maculamos nosso ar.
Somos pretensiosos...
E ainda escrevemos na história que somos semelhança de Deus.
Essas foram as palavras proferidas por um ambientalista,
a beira de um igarapé em São Miguel da Cachoeira,
uma região conhecida como cabeça do cachorro,
e também sabida, como um vazio cartográfico, um nada.
Sejamos realista...
Lá, só estava o ambientalista e um índio.
E o índio da etnia werekena, desconhecia o português.

Ari Mota

Um comentário:

Lara Amaral disse...

Incrível texto, Ari.

Seu comentário em meu blog emocionou-me, muito obrigada.

Paz e felicidade para ti!