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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A INTENSIDADE DOS SENTIMENTOS


Há... os que o procuram uma vida, desatinam na escolha,
desvairam na busca, perdem-se nas madrugadas.
E às vezes em desespero, e em desalento,
soçobram no vazio de si mesmo, do próprio sentimento,
e fingem contentamento na frieza estúpida das baladas.
Humilham-se na ilusão do encontro, no avolumar da solidão,
e voltam... dilacerando a calma, em estreiteza... em desilusão,
continuam sós... e em desejos.
Querem um afago, um amasso no portão... e beijos,
precisam de um olhar, de um toque na pele, de rosas vermelhas,
de um declamar em delírios, de um desvario, e de uma flor.
Depois pedem um suspiro enlouquecido, e um corpo aquecido,
uma melodia que verseja emoção, e que fale de amor.
Mas... às vezes ele chega como uma brisa descomprometida.
Invade a alma, aloja-se num canto em quietude,
vem como se fosse perpetuar no tempo, e em brandura.
Agarra de forma visceral em nosso existir, vira ternura.                                      
senta ao nosso lado e toma nossas mãos... em solitude,
permanece em risos pela vida afora.
Outras vezes chega manso... fica ao nosso lado em calmaria,
e depois vira tempestade, ventania,
e vai embora.
E isso, é a temporalidade do amor.
O estado interino de sua efervescência,
o que de fugaz é sua passagem, sua existência.
Em tal caso... não o viva de forma eterna,
mas, enquanto dure... o sinta com toda a intensidade,
com todos os poros, com todo o capricho...
E antes que se finda, e antes que se desabe.
Apenas o tenha com todo o sentimento,
antes que ele acabe.
É preciso ter coragem para amar...
brincar de amor.

Ari Mota