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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

VOO



Quando moço...
tinha o habito de carregar de volta para casa... o mundo,
levava de rastos pelo chão a torpeza humana,
transportava no ombro a temeridade da critica,
arrastava junto à alma, a duvida e a incerteza da vida,
por vezes rojando-se pelos caminhos, quase me perdi.
Quando moço...
deixava-me guiar por lideres eloqüentes... vis,
imputava-me transgressões, culpa e imperfeições,
maculava-me de intenções submissas... era cativo,
estava encarcerado no medo, na demasiada falta de ousadia.
Vê... que o tempo decorreu... pintou meu cabelo de branco,
fez rugas no rosto e na alma...
Hoje, filtro a minha existência, depuro minha convivência...
Libertei-me do medo, da critica e da duvida.
Quando volto para casa, volto livre... sem carga,
leve... sou portador de sentimentos que me libertam,
penso sem cercas... sem divisórias... sem muros,
meus voos imparciais... levam-me ao infinito,
em busca de liberdade.

Ari Mota