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domingo, 22 de novembro de 2009

WOODESTOCK








Encontrei um velho amigo.
Ele estava acompanhado do passado.
Tive a impressão que ele estava chegando
de Woodstock a pé.
Falamos daqueles tempos de inocência.
Tempos que embriagávamos de sonho,
e exalávamos liberdade.
Iríamos mudar o mundo e as pessoas.
As mãos seriam para o toque e para o abraço.
O olhar seria infinitamente terno e puro.
As palavras seriam para poetizar o amor.
E o homem mais justo.
Falávamos de evolução da raça humana.
Tempos de exaltação a arte, e ao amor.
Quebra de paradigmas,
De muro.
De preconceitos.
E invariavelmente, de uma infinita paz.
PERDEMOS...
Hoje as mãos continuam matando.
As pessoas se olham com mais ódio.
E as palavras são instrumentos de ofensa.
Exaltam a ignorância e a pequenez.
Construímos muros em nossas almas.
Ficamos intolerantes...
Ficamos menores...
Naquela noite tive um sonho.
Vi dois fantasmas na praça: Janis Joplin e Jimi Hendrix.
Estavam contando estrelas.
Apavorado...
Abri meu palco virtual.
Fui assistir: Joe Cocker cantar With a Little Help From My Friends.

Ari Mota