Mostrando postagens com marcador DELÍRIOS DE UM POETA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DELÍRIOS DE UM POETA. Mostrar todas as postagens

sábado, 6 de agosto de 2011

DELÍRIOS DE UM POETA


Às vezes me desvisto dessa lucidez...
Dispo-me da embriagante ilusão do tempo, e te procuro.
Às vezes te olho... e te vejo menina,
outras vezes te busco, e te espero.
Não sei conceber-me sem você... que me fascina.
Ando sempre à procura daqueles momentos de loucura,
que guardei na alma e ficou perpetuado na foto envelhecida.
Sinto falta da doidice juvenil, dos desatinos da juventude,
da postura atrevida.
Tempos de devaneios...
Transpunha todas as barreiras e iria ao seu encontro.
Saltaria em dúvida... e em todos os abismos,
em busca do inusitado, dos meus desejos,
e depois... a procura dos seus afagos e dos seus beijos.
Eu sei, são delírios de um poeta em solidão.
São palavras soltas ao meio de tanta emoção,
não consigo voltar... nem viver esta aventura,
ficou difícil tomar em meus braços, o seu encantamento.
Tive que entender a distancia que nos separa,
redefinir a sua ausência.
Hoje tenho a sua presença apenas num espectro, em uma figura.
Às vezes te olho, e te vejo menina, que passou como o vento.
Outras vezes te busco, e te encontro em outro formato.
Às vezes me desvisto dessa lucidez... e a descubro,
em desvario, vagueando nos meus sonhos,
ou estampado na tela fria de um monitor ingrato.
Entre eu e você existe o tempo que nos afasta,
e a frieza estúpida de um retrato.
Mas, tudo é alucinação de um poeta,
que anda aqui dentro, dentro da alma, dentro de mim.
Mas, não tenha medo,
te amo...
mesmo assim.

Ari Mota