Sobrevivi à solidão que as diferenças impuseram ao meu olhar,
ao desalinho que pairou nas minhas esperanças, no meu caminhar,
ao desconforto dos que exigiram e tentaram direcionar minha fé,
e a insolência imposta pelos que queriam restringir meus vôos.
Sobrevivi aos meus medos, a minha inconstante dúvida,
minha volúvel culpa, e a própria insensatez de se achar único.
ao desalinho que pairou nas minhas esperanças, no meu caminhar,
ao desconforto dos que exigiram e tentaram direcionar minha fé,
e a insolência imposta pelos que queriam restringir meus vôos.
Sobrevivi aos meus medos, a minha inconstante dúvida,
minha volúvel culpa, e a própria insensatez de se achar único.
Sobrevivi às arrogâncias sobrepostas nas estradas que passei,
as palavras que emudeceram... e em êxtase tinham que gritar aos céus,
todos os meus tormentos, todas as minhas angústias,
toda a indiferença.
Sobrevivi ao isolamento imposto dos que perceberam que mudei o rumo,
que descobri veredas que me levaram aos recantos da alma,
aos braços da sensatez, e as trilhas do equilíbrio,
da razão e do silêncio.
Sobrevivi ao desaguar das míseras regras sociais,
dos cerceamentos,
dos olhares de desdém, da soberba, dos abraços vazios,
e dos inverídicos beijos, e das falsas declarações.
Sobrevivi à estupidez do julgo... e da espontaneidade do ódio,
do desejo de possuir o que o outro tem,
deixei livre... todas as almas,
inclusive a minha.
Só não sobrevivi ao amor, não resisti as suas investidas,
sujeitei-me ao seu triunfo, subjuguei-me aos seus caprichos,
persuadiu-me a segui-lo eternamente, em suplica caí aos seus pés,
não sobrevivi ao amor.
Se necessário morro de amor todos os dias.
Amo intensamente a vida e o que ainda resta.
Amo você.
Ari Mota