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terça-feira, 24 de agosto de 2010

UM LOUCO AMOR

Acreditem...
Todas as manhãs, desperto com uma algazarra de borboletas azuis,
fazendo festa no meu amanhecer.
E depois uma louca bailarina em fantasia,
vem num rodopio alegrar-me,
e dançar nas pontas dos pés... sorrindo para mim.
E em devaneios segreda em deleite à minha alma... que me ama,
me abraça,
e de assalto rouba-me um beijo e sai enlouquecida.
Extasio-me a este incitar de amor,
esta loucura desmedida, este disparate de paixão,
esta ardente declaração.
Acreditem...
De tudo nosso amor sobreviveu...
Dos vendavais impostos pelo cotidiano, aos terremotos ocasionais,
que arrasaram coisas, desfez sonhos, demoliram planos,
interromperam caminhos.
De tudo sobreviveu... o nosso amor.
Dos momentos tempestuosos, carregados de incertezas,
dos medos... do abandono, e do divergir da convivência.
Sobrevivemos às intempéries do existir...
E a cada instante tentávamos mais uma vez.
E tudo foi muito intenso, e tudo foi superação...
Reedificamos, reconstruímos tudo que o destino nos tirou,
recompomos e refizemos todas as trilhas que sumiram do nosso olhar.
Hoje... o destino não me permitiu ter castelos, nem uma princesa,
como não me permito ficar em desuso, nem obsoleto...
Em desvario virei poeta... só pra te conquistar.
E fazer de ti minha louca bailarina,
com amor.

Ari Mota