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domingo, 3 de janeiro de 2010















Hoje encontrei um amigo... tem um semblante austero, aparência sóbria, mas é um menino,
e ele relatou-me sua doença...está na sétima quimioterapia, adoeceu o corpo... não
 a alma.
Tem suportado o tratamento, como um bravo guerreiro, e o conheço de tempos,
e sei de sua extrema coragem, teve longos combates, jamais sucumbiu as cobranças
 da vida, 
e jamais receou recomeçar seus dias e suas noites, e sempre defrontou as
 adversidades,
trava uma batalha a cada segundo... tem pactuado com sua alma...nunca um abandonar o outro.
Na sua pureza existencial, na fragilidade momentânea, confessou-me estar com medo,
entende que sua fé não é do tamanho que necessita para atravessar esse temporal,
tem percebido ondas gigantes bater em seu barco, e o casco frágil pode não
 suportar,
suas velas já rasgadas pelos vendavais pode não impulsioná-lo ao final da viagem,
e que sua bússola vez por outra tem rumos alterados, desaparece o norte... o
 porto.
Hoje encontrei um amigo... tem uma fé incomensurável e não sabe, desconhece.
Quando se diz não possuir, é na simplicidade reforçar o ter na plenitude.
Sua fé é do tamanho do seu silêncio, teve uma vida reta, pautou sempre na verdade,
o universo certamente conspirará na sua permanência entre nós.
E sua jornada terminará, somente quando chegar o fim, e o fim pode ser sempre
 amanhã.
Portando, não consegui ter muitos adjetivos, verbos ou substantivo, para com ele.
Sua fé, embora questionada é do tamanho da sua alma... e sua alma é imensa.
sua vida é o agora... ele docemente vive o hoje... com fé.
Ari Mota