terça-feira, 13 de dezembro de 2022

OS MEUS AMORES


 









Eu de mim, nada sei...
ainda assim, continuo sendo eu,
nunca procurei ser outro,
fiz tudo o que coube em mim,
e a tudo amei.
E quando tudo for solidão...
nada mais, me será relevante,
existir me foi um assombro,
fui resiliente, fui silêncio,
convivi com quatro dos melhores humanos,
que conheci...
e tudo me foi um encanto... pura emoção.
 
Eu de mim, nada sei,
ainda assim, continuo sendo eu,
não aprendi a ser mais ninguém,
vivi todos os meus temores,
tive fome de estrada,
de destino,
sofri de vazios,
e os preenchi com os meus amores.
E quando tudo for tempestade,
nada mais, me será assustador,
nem relâmpagos, nem ventania,
já não terei mais sentimentos inferiores,
restará contemplar o que vivi,
por amor...
restará transcrever em poesia:
- o que ficou como saudade.
 
Eu de mim, nada sei...
ainda assim, continuarei sendo eu,
e nem quero me aprofundar tanto,
nem descobrir tantas vidas que vivi,
essa me foi o bastante,
foi nessa que eu... os conheci.
 
Ari Mota