Se...
um espaço vazio brotar
visceralmente dentro do peito,
e o vento da ousadia não mais
esvoaçar rente aos seus sonhos,
e o medo vier...
impiedosamente lhe fazer companhia,
e a dúvida instalar como um
invasor em agonia,
e lhe tirarem o vôo livre, o
arbítrio, sua imensa determinação,
e depois... inibirem os saltos
profundos dentro de si mesmo.
Podarem o riso, e fazerem o
que for preciso,
para neutralizar o que tem de
autentico e de verdade,
e depois... deixá-lo em
aflição.
Se...
fores invadido... e restringirem o seu abraço,
querendo alterar o seu rumo,
direcionando seus desejos,
alojando dentro do peito a
incerteza e o desamor...
Não tenha dúvida... um vírus
adentrou na sua alma,
contaminou o seu caminhar,
corrompeu o seu olhar,
entrou sem sua permissão,
aprisionou o seu grito,
inibiu o seu acesso a alegria,
e em demasia,
o transformou em solidão.
Terás que aceder ao seu
destino, por outro caminho.
Mas, não ponhas a andar, sem
a avidez de um guerreiro.
Nem transite desatento sem ver...
nos outros a indelicadeza.
Nem desperte indefesso para
passar o seu dia.
Talvez... onde você está, não
seja um lugar bom para se viver,
tenha coragem de mudar tudo
isso,
e faça tudo sem perder a
delicadeza.
Invadiram sua alma... só por
vê-lo feliz,
só por vê-lo amando, dançando
com aquela louca bailarina,
contando estrelas, escrevendo
poemas, virando poeta,
passeando em alucinação com
algumas borboletas,
cuidando do bonsai, sentindo
o perfume da flor.
Se...
Perceberes que um vírus
invadiu a sua alma,
tenha calma.
Não tenha medo... vou te
contar um segredo.
Só tem um antivírus...
o amor.
Ari Mota