Quando a maturidade fez acampamento em minha alma,
passei a ver o existir de outro ângulo,
aclarou-me que atravessei toda minha existência por analogia,
e abraçado com a incerteza,
fiz da duvida um cismar eterno, nostalgia.
E na descoberta, tudo que ouvi, tudo que li... duvidei,
veio-me a memória que em todas as histórias que escutei,
passei a ver o existir de outro ângulo,
aclarou-me que atravessei toda minha existência por analogia,
e abraçado com a incerteza,
fiz da duvida um cismar eterno, nostalgia.
E na descoberta, tudo que ouvi, tudo que li... duvidei,
veio-me a memória que em todas as histórias que escutei,
em quase todas desacreditei.
Fiz desconfiança nos discursos... dos homens,
no seu olhar insolente, no seu desfilar em desaforo,
na sua infinita deformação da verdade,
no desvirtuar da decência, na ausência de choro.
O avistei ávido de mando,
sedento de cinismo,
coberto de mentiras.
Quando a maturidade fez acampamento em minha alma,
escapei dos que querem subjugar meus devaneios,
fazer-me menor, constranger meus saltos, meus vôos,
e meus delírios.
Hoje...
Abono como companhia... umas borboletas azuis,
uma doce e louca bailarina,
e crianças... que em metáfora... as concebo,
como se fora um diamante já lapidado,
reluzente,
com suas facetas refletindo o brilho da vida,
a beleza da inocência,
a pureza do existir,
e falando de amor.
Ari Mota