Lá no
inicio...
Tudo era
desmedido,
e maior
que meus sonhos... e meus passos.
Eu tinha
medo de ultrapassar os meus limites,
a
bagagem doía nos ombros,
as
palavras dos outros pesavam na alma,
as
certezas fugiam da razão.
Eu não
compreendia as tempestades,
e não
conseguia entender pra onde ia:
Os
sonhos que eu não realizava,
as
lagrimas que vertiam pra dentro do peito,
os
desejos que se tornaram intocáveis
e o
atrevimento de ser diferente.
Era uma
procura insana, um desespero sem fim,
e não
entendia de solidão.
E lá
pelas tantas...
Quase no
meio da existência,
percebi
a minha dificuldade,
em
encaixar-me ao mundo,
foi
quando... me armei tanto,
e
protegi a minha alma em demasia,
e resiliente...
criei o meu universo.
E tudo
fluiu...
e
percebi... que solidão é estar vazio,
então...
ocupei-me de mim mesmo,
das
minhas loucuras e da minha poesia.
Agora no
final...
Já
entardecido, indago...
a vida é
pra que mesmo?
Só sei
que por vezes ela estremeceu,
desconfio...
que foi para me transformar,
pois,
hoje me recuso morrer como fui,
tenho
sede de revitalizar a minha consciência,
regar os
amores que encontrei,
e ficar
maior que eu.
A minha
alma às vezes, ainda tem pressa,
e
inadvertido me pergunto:
A pressa
foi pra que mesmo?
Se não
terceirizei a minha vida,
e livre...
faço as minhas escolhas,
curo-me,
e não permito ninguém me adoecer,
basto-me,
e nem
ligo para olhares alheios,
e nem
para o meu cansaço.
Faria
tudo outra vez, como fiz...
amaria
como amei,
voltaria
pelos caminhos que passei.
- Eu sou
o meu refúgio... Valeu cada passo.
Ari Mota
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domingo, 27 de abril de 2025
VALEU CADA PASSO
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