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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O ÚLTIMO INSTANTE


Ontem confabulando singelamente com minha alma,
num canto do meu existir, divagamos ao acaso,
e em silencio.
Diligenciamos sobre o tempo, o que experimentamos...
o que sucedeu,
o que nos veio pelas mãos do destino, e o que tivemos que buscar,
às vezes em desespero, outras vezes em profunda luta,
ou em enormes desatinos.
Ontem eu e minha alma em retrospectiva, trouxemos à memória,
o que sentimos com toda a intensidade, todos os caminhos que passamos,
das vezes que nos perdemos, e das noites frias que nos achamos,
do riso nas vitorias, e dos soluços nas derrotas,
suscitamos a dor que a saudade produziu, o vazio que nos atingiu,
dos amores que perdemos, dos adeuses que não acenamos,
das despedidas que não provocamos.
Ontem eu e minha alma, em delírios...
tornamos solene nosso existir:
Sobrevivi ao medo de ser feliz, e a indiferença dos homens,
ninguém direcionou meu caminhar, nem tão pouco meus devaneios,
fiz de mim um aprendiz da minha própria essência, me descubro,
renovo... renovo tanto, que eu mesmo não me encontro,
nasço todos os dias, broto em cada gesto, em cada olhar,
em cada ensejo, e faço de todas as ocasiões... momentos de ternura,
uma oportunidade de amar,
vivo intensamente,
como se fora... o último instante,
o último fôlego,
a última expressão de amor.

Ari Mota