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sexta-feira, 10 de maio de 2013

AS JANELAS DO OUTRO LADO DA RUA

Há... minha teimosia,
desmedida como sempre, atrevida sem igual,
inda nas Gerais dos meus sonhos... lembro-me como hoje,
queriam... tracejar o meu destino, mapear o meu caminho,
ensinar-me como dançar em alegria, e como se murcha em agonia.
As janelas do outro lado da rua queriam fazer de mim... mais um,
acertou o alvo, porém errou no objetivo... fiquei diferente.
Nunca procurei saber se elas estavam à meia folha ou totalmente abertas,
apenas passei olhando para as estrelas.
E assim vou... uns me olham como um estranho, outros como um dissente.
Verdade é que... discordo dos planos de vôo, destôo da cadência da musica,
minhas asas seguem todos os ventos e minha dança todos os ritmos.
Deixo para trás tudo que, me deixa para baixo, levanto e vibro o meu hoje,
caminho em prumo, com atitude, como quem sabe aonde ir... pisar,
pois, entre o medo e a dúvida... opto em sonhar.
Eu sou... é livre.
Não sei ver uma folha em branco sem escrever uns dizeres,
e meus poemas, brotam desta alma inquieta.
Como também, não sei ver uma tela em branco, sem uma arte estampada,
nem uma pedra bruta sem a escultura de um artista
não consegui ter uma visão comum... sem ser poeta.
As janelas do outro lado da rua... tentaram me patrulhar,
dei-lhes, o ombro... ofereci o meu silêncio... e fui,
não posso me aprisionar a quem me diminui,
carrego um feitiço... em somente voar.
Minha alma flutua livre e comigo faço sintonia,
sem a tirania das cercas, e com a leveza de um menino em ousadia.
E as janelas do lado da rua... serão sempre janelas,
eu me espelho em quem tem luz própria, eu gosto é das estrelas.
O único risco que corro é mudar a minha vida para melhor.
E assim vivo... sem nenhum desmedido pavor,
cada ato, cada gesto, cada olhar...
está florado, terno... embeleza a minha conversa com o mundo,
e com suas forças prevalecentes... que habitam a minha alma.
Sintonizei-me... mais com as estrelas, com mais ninguém.
Mas... o que de tudo ficou, foi que... da estupidez humana,
não fiquei refém.
Eu sou... é livre... e amor.

Ari Mota