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domingo, 27 de dezembro de 2009

UMA LINDA MULHER
















Em retrospectiva, convivi com quatro gerações de lindas mulheres,
todas com belezas distintas, valores de época, e sonhos de amanha.
Umas só banhavam-se, outras o faziam com perfumes, outras já eram perfumadas.
E elas despontavam pela vida, como uma flor que desabrocha no mais lindo jardim.
Traziam o sorriso enigmático da feminilidade absoluta, riam pra mim.
Mais entre si... encontrei abismos invisíveis, existências diferenciadas.
A primeira geração foi minha Avó, passou entre nós como parideira, chocadeira,
teve muitos filhos, eram tantos tios que não sei o nome de todos, são muitos.
A segunda geração foi minha Mãe, a via sempre como lavadeira e cozinheira,
sabe fazer seus quitutes como ninguém, são doces inigualáveis, saborosos.
A terceira geração foi minha esposa, mãe exemplar, tem seus filhos entre as asas,

os amam com tamanha intensidade, que os incomoda, os sufoca... e eles adoram.
A quarta geração é minha filha... não tem nada das demais, é ela e seus sonhos,
no intimo feminino quer filhos, quer amá-los, alimentá-los e não dispõe de tempo.
Independeu-se... escolhe seus amores, tem seu próprio vôo, seu próprio andar.
Encontra-se na fronteira do poder masculino, sabe decidir, escolher, comandar,
sem perder a sutileza e o aroma de uma rosa, de uma flor, brilha como uma estrela.
De todas as mulheres que descrevi, eu na verdade tenho uma preferência: todas.
A ultima geração é o equilíbrio do amor, da convivência, da continuidade,
tem todas as qualidades das demais, sem perder a liberdade... a ousadia,
devemos não temê-la... só nos basta... amá-la incondicionalmente.
Ela é uma espécie rara de rosa, que brotou em nossos jardins.
Ela é o amor.

Ari Mota