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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O TRAPEZISTA


Houve um tempo em minha vida, que fui trapezista desvairado.
Desesperado apresentava-me na arena da vida, como um deslumbrado afoito.
Vivia apresentando-me no palco social com acrobacias deselegantes e desritimadas.
Sem técnica despencava das alturas, e a rede de proteção sempre me amparava.
Quis o aplauso antes do aprimoramento, cai varias vezes.
Como buscava notoriedade, de um balanço ao outro, me lancei até como palhaço.
Não calculava o risco, nem conhecia o medo.
Parece que não... mas foi o tempo do crescimento, sobrevivi.
Hoje...
Entro no circo da vida e quando na arena não busco o publico e nem aplausos.
Eu e minha alma só buscamos harmonia e sensatez.
Quando no trapézio da vida, equilibro-me com mais solidez, mais consciência.
Hoje, retiro a rede de proteção e subo com os olhos vendados.
Em silencio imagino o alvo, e salto... para a vida como se fosse o ultimo vôo.
Sei dos riscos e continuo não tendo medo... por isso sou um eterno aprendiz da vida.
Salto...
Sempre para dentro de mim mesmo em busca de liberdade.
Se cair... e o destino não me permitir continuar como trapezista,
Vou ser poeta nas estrelas.

Ari Mota