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segunda-feira, 14 de junho de 2010

UM POVO INVISÍVEL


  
Emerge um País abstrato a cada 4 anos,
explode um patriotismo ufanista em todos os recantos,
são trinta dias que o povo faz eclipsar a realidade,
e somos acometidos de uma euforia coletiva,
de um vociferar exacerbado na hora do gol,
e de repente... acontece o despertar de um povo invisível.
E somos assim...
E realmente somos vencedores no drible majestoso,
no toque suntuoso com a esfera de couro,
que cai dentro da rede do adversário.
E haveremos de vencer sempre... e como é bom.
Mas, ser brasileiro de forma sazonal é hipocrisia,
temos que sê-lo uma vida, gerações, toda uma existência.
Nada adiantará o despertar de um povo invisível,
de tempos em tempos.
Temos que vencer primeiro nossos medos,
e num tempo posterior... vencer:
Os corruptos que nos arrancam o futuro.
Os narcotraficantes que irão dissuadir nossas crianças.
Os vendedores de vazios que nos templos iludem os incautos.
Temos que vencer na amplidão da cidadania.
Fortalecer e transformar pessoas talentosas,
em instrumentos de crescimento para uma sociedade mais justa.
Que saibamos emergir da invisibilidade... sempre,
que não sejamos patriotas de chuteiras,
que saibamos vencer todos os dias,
e fazer desta nação um lugar melhor para se viver.

Ari Mota