Se a rudeza da rua, o incomodar em aflição,
e olhares autômatos passarem ao seu lado,
como espectros em solidão.
Não se assuste, são... desatinos da multidão, extrema cegueira,
assemelham-se no vil, no mísero olhar de desdém,
na desimportância de existir.
Igualam-se no vulgar, no comum dos homens.
Mas os concebam... assim: nem menores, nem maiores,
vieram para ofuscar suas próprias verdades,
e fazerem luzir suas infinitas mentiras.
Estão passando por aqui... apenas, por um acaso,
não vieram para evoluir.
Foram aprisionados pelas crenças religiosas,
e pela esperteza maquiavélica do sistema,
e das políticas mentirosas.
São desesperanças coletivas, de fácil logro e enganos,
amam coisas, moedas, rubis, ficaram... desumanos,
e não estão e nem são livres.
Mas... não se atormente com tudo isso, faça diferente.
Não se esqueça de criar na alma um refugio urbano,
onde você possa entrar todos os dias em calma,
e abrigar ali os seus sonhos, e devaneios,
e em silêncio... brincar de quietude,
e em sossego, teimar em ser feliz,
com todo o destemor
e depois...
olhar para o mundo com carinho,
e para você mesmo,
com amor.
Ari Mota