Mostrando postagens com marcador COTOVELO NA JANELA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador COTOVELO NA JANELA. Mostrar todas as postagens

domingo, 18 de julho de 2010

COTOVELO NA JANELA



Não se detenha despercebido com o cotovelo na janela,
esperando a vida chegar,
nem fique na espreita em circunspecção avaliando alguém,
ou em acinte narrando inverdades,
avaliando coisas, e o que os outros têm.
Não se coloque com o cotovelo na janela,
conjecturando o sucesso dobrar a esquina e cair em seus braços,
e nem se posicione como se a vitória não lhe trouxesse cansaço,
e que os combates diários serão brandos, afáveis,
e o mundo complacente com você.
Não plante seu cotovelo na janela, mas... se o fizer,
que seja para ver quem chegou,
e abrir a porta aos amigos, ou a um grande amor.
Saia da janela... ela não é, e nem será o palco da sua vida,
deixe passar por ela apenas os raios de sol, propondo esperanças,
ou o vento a galope celebrando e aclamando seus sonhos de criança.
Tire o cotovelo da janela, saia para viver o grande teatro que é a vida,
encene seu papel, apresente sua face, seu riso, destile emoção,
combata suas intrigas intimas, suas próprias paixões perdidas,
sua busca incessante... da própria alma... encontre-se.
Mas que seja em campo aberto, na rua, nas avenidas, nas calçadas,
no palco da vida... e que pare de esconder de você mesmo,
de temer seus fracassos, os amores dissolutos, os beijos esquecidos.
Reinicie sempre, configure novos sonhos, novas lutas.
E ao aproximar da janela, que seja somente pelo lado de fora.
E que em serenata possa declarar o amor que tímido,
escondeu toda a sua vida... por ela.

Ari Mota