Quando moço...
tinha o habito de carregar de volta para casa... o mundo,
levava de rastos pelo chão a torpeza humana,
transportava no ombro a temeridade da critica,
arrastava junto à alma, a duvida e a incerteza da vida,
por vezes rojando-se pelos caminhos, quase me perdi.
Quando moço...
deixava-me guiar por lideres eloqüentes... vis,
imputava-me transgressões, culpa e imperfeições,
maculava-me de intenções submissas... era cativo,
estava encarcerado no medo, na demasiada falta de ousadia.
Vê... que o tempo decorreu... pintou meu cabelo de branco,
fez rugas no rosto e na alma...
Hoje, filtro a minha existência, depuro minha convivência...
Libertei-me do medo, da critica e da duvida.
Quando volto para casa, volto livre... sem carga,
leve... sou portador de sentimentos que me libertam,
penso sem cercas... sem divisórias... sem muros,
meus voos imparciais... levam-me ao infinito,
em busca de liberdade.
Ari Mota
6 comentários:
Ari
Lindo texto.
Sabe a idade dá esse não ter mais medo.
Beijinhos
Olá, Ari, me encontrei neste seu texto. Palavras maravilhosas, não somente isto, mas a expressão muito realista, profunda. Amei. Bom final de semana. Bjs
Buscar a liberdade, é o essencial da vida
Bjs
Andresa
Oi Ari,
É...!!, a vida está sempre mesmo a nos ensinar. Mas o bom é que ninguém nos tira essa riqueza... de aprendizado. Fica guardado em nossos corações e em nossas memórias, sendo que, as nossas almas ficam incumbidas de eternizá-los.
Beijos,
Ana Lúcia.
...se não fosse aquele tempo,
da tão gostosa mocidade,
você, com certeza não seria a pessoa livre de hoje.
logo,
tudo nesta vida tem razão de ser.
amei estar aqui bisbilhotando
na tua casa.
voltarei...rsrs
bj
"sou portador de sentimentos que me libertam,penso sem cercas... sem divisórias... sem muros,meus voos imparciais... levam-me ao infinito,em busca de liberdade."
Poxa, hoje eu queria ser assim...
Milhões de beijos
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