quinta-feira, 26 de novembro de 2009
RIQUEZA
Eu tenho um amigo que esta no ápice da riqueza.
Desperta pela manha como se o mundo o observasse.
Acredita que até aquele criador de ovelhas do Nepal,
sabe de sua existência e pode um dia prejudicá-lo.
Está na verdade no auge de sua arrogância.
Com medo de ser perseguido, persegue.
Com receio de perder, jamais doa.
Como não doa, não ama.
Como não ama, esta sempre só.
Crê que riqueza é ter coisas, vive assim,
respira dessa forma, desse jeito.
Mandei-lhe um presente...
Junto mensagens subliminares.
Embrulhei o globo em miniatura,
um binóculo e estrelas em papel crepom.
O globo para que tomasse ciência,
do tamanho do lugar onde vive,
vive ele e os outros, um lugar comum.
As estrelas,para que com o binóculo,
pudesse olhar para o céu,
e ver a amplidão do firmamento,
e perceber sua pequenez.
Soube,que nem abriu o presente...
E que ainda acredita, que pobreza é falta de dinheiro,
e não circunstância.
E sai pela manha, agredindo o porteiro do prédio.
Na hora do almoço menospreza o garçom.
E no final do dia desdenha o frentista.
Isto... é pobreza.
E continua acreditando que é o centro do universo.
Ele continua meu amigo, e continua cada dia menor.
Ari Mota
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2 comentários:
Consegui postar hoje de madrugada em meio à correria das provas. Confesso que não gosto quando sou praticamente obrigada a me afastar do blog, porém não há como fugir neste momento. Motivo: além das provas na faculdade existem alguns probleminhas particulares. Espero resolvê-los o quanto antes e da melhor maneira possível. Prometo que tentarei arrumar um jeitinho de postar com a mesma freqüência já que não consigo ficar longe das letras. Algumas pessoas possuem meu e-mail podendo ficar totalmente à vontade em realizar contato. Tentarei respondê-los tão logo os receba.
Com carinho e o devido respeito deste Outono.
Oi Ari,
Adoro os seus textos...
É uma pena que existe tais possibilidades de atitudes como essas, nas pessoas. Um toque sutil pode ajudar ou um grosseiro, também. De qualquer maneira, o melhor é ajudar esse pobre infeliz..., já que a vida é muito além do que papel moeda...
Beijos,
Ana Lúcia.
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