domingo, 1 de novembro de 2009

A PERDA DO RASTRO















Pactuamos não perder o rastro um do outro,
tudo em nome do amor.
O tempo fugaz como sempre,
não nos esperou,
nem disse-nos que já era hora.
Amedrontados, os rastros desapareceram,
ficamos perto, muito perto, ficamos juntos.
Amar.
Entregar-se.
Repartir as lagrimas.
Abrir sorrisos.
Descobrir a infinita resiliência de cada um.
E amparar mutuamente os segredos da vida.
Não foi possível tamanha cumplicidade.
Anoiteceu...
Um vento frio esfregou em meu rosto,
entrou alma a dentro.
Tive medo do amor.
Os rastros continuam em nossas vidas.
Só que hoje em direções opostas.
O medo venceu o amor.
E ela partiu...

Ari Mota

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