segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

437 ANOS DE AMOR



Eu vivi em outros lugares, em outras vidas, em outras camas,
já senti outros perfumes, já afaguei outros corpos, já amei outras almas.
Morri de amor por diversas vezes, abandonei, parti e nunca voltei,
já deixei alguém me esperando toda uma vida, por diversas vezes,
fui extremamente estúpido com algumas, intolerante com quase todas.
Entre uma rosa e uma espada, dei preferência a que fazia sangrar, matar.
Já vivi outros amores, em outras tantas vidas que vivi, que passei, que sonhei.
Passei noites em tabernas... bêbado de solidão, revestido de bárbaro, sem coração.
Foram tantas vidas desfeitas, tantos amores inacabados, tantos beijos desejados.
Que o destino me fez voltar, e viver tantas vezes fosse necessário... tudo.
Já vivi 437 anos de amor, sem declarar uma única vez... eu te amo.
São vidas passadas... aprendizagem atroz, eterna procura, permanente busca.
E hoje, alcancei meu último estágio de vida... de amor, de ternura, de sonho.
Encontrei-te...
Levei todo esse tempo... e agora renunciei a todas as vidas que vivi.
Só para ficar docemente ao seu lado até o fim.
De guerreiro e bárbaro, transformei-me em poeta.
Hoje entre uma rosa e uma espada... tornei-me um jardineiro.
Em noites de frio, abraço-te docemente, como nunca o fiz.
Sussurro em sua alma, todo o meu amor.
Eu te amo...
Para sempre...

Ari Mota

6 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu amigo
adorei o texto...quanta paixão.

Beijinhos

Sonhadora

Unknown disse...

Foi, com certeza, uma linda transformação, meu amigo! Com certeza, absoluta!
Lindo texto!
Beijos, flores e muitos sorrisos!

Maria disse...

SIMPLESMENTE APAIXONANTE.

Anônimo disse...

Então valeram bem esses 437 anos.

=)

Lindo texto, como sempre!

Abraços.

Anônimo disse...

Meu querido amigo, Ari,

Eu não sei se mereço o título de Poetisa, pois o que escrevo são, muitas vezes, lágrimas que o meu coração produz para que eu consiga viver mais e melhor, cuidando para ele continue pulsando, com maior leveza. E se escrevo com a alma, como diz, eu precisaria, ainda, desses seus 437 anos (-42...rs) para saber o que é amor... Aí sim, talvez eu tenha realmente o que dizer..., como você...

Beijos,
Ana Lúcia.

Denise disse...

Dizer muitas palavras, profana seu texto magnífico. Belo, comovente. O amor explícito.Adorei!