sexta-feira, 30 de outubro de 2009
PALAVRAS MORTAS
O tempo pintou meu cabelo de branco.
E pisoteou minha alma ferozmente.
Ouvi regras, normas.
Falaram-me em procedimento social.
Conduta.
Postura.
Os discursos brotavam em todos os lugares:
Na escola
No trabalho
Na igreja
No bar da esquina
No congresso
E não percebi ao longo da minha vida, exemplos.
Ouvi discursos fáceis.
Tolos
Inócuo
Palavras mortas.
E desde então, fiz a escolha de ouvir os silenciosos.
Não produzem eco.
Passam pela vida ofertando exemplos.
São profundos como os lagos.
Silenciosos...falam com os olhos.
São verdadeiros.
Ari Mota
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Um comentário:
Ari Mota...Prazer em conhecê-lo...vim agradecer a tua visita e gostei muito do teu espaço, das imagens e principalmente dos escritos...acredito na resiliência da alma, que se torna maleável aos embates da vida, assim como os bambuzais não quebram, apenas vergam com a força dos ventos. Prossiga escrevendo...que é a melhor catarse emocional, além de compartilhar com o mundo, as emoções e sentimentos de um coração poeta. Abreijos, guida
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