quinta-feira, 29 de agosto de 2024

NUNCA DESISTI DE MIM


 








Eu não entendia de temporal,
nem de ventania,
nem que a rudeza do cotidiano...
poderia me machucar,
e sem conhecer das travessias:
Fui...
desvendar os sonhos,
sem bagagem,
sem saber onde... ir.
E fiz da inocência...
a minha companhia.
- Eu não entendia de ir sozinho,
nem das horas de solidão,   
nem da dimensão da estrada.
Mas... bom mesmo que...
em uma curva do destino,
uma bailarina louca...
agarrou na minha alma,
e passamos um a construir o outro,
e foi muito atrevimento... viver assim,
e fui... fui mais longe,
conhecer da minha imensidão.
- Eu não entendia do caminho,
nem dos desertos que ira encontrar,
nem da aridez das pessoas.
Mas... adotei o silencio,
escondi os sonhos,
ocultei-me do mundo,
e fui...
e na hora do desespero,
mergulhei em mim mesmo,
fui me permitindo... apenas continuar.
- Eu não entendia do que levar,
amealhei tantas quinquilharias em vão,
e tudo me pesou em demasia,
com o tempo descartei os meus excessos,
e passei a carregar tão pouco,
hoje não levo nem a certeza,
e nem as minhas dúvidas... deixo tudo fluir,
como se não houvesse o outro dia.
Hoje... cuido da minha alma,
a inundo de amor,
e os meus olhos... de contemplação.
- Como ainda... tudo me é... teimosia,
pactuei com a alma, não falarmos de... fim,
e não posso admitir outra coisa, senão seguir,
embora... e as vezes, o tempo me olha com desdém,
e eu nem ligo... eu nunca desisti de mim.
 
Ari Mota


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