domingo, 2 de setembro de 2012

TENHO QUE IR...

Olha...
A minha vida é uma viagem... inda tenho que andar muito, eu vou longe.
Só parei... porque sei... que é nas estações que se encontra... os amores,
reabastece a alma, aquece a carne, oferece colo,
dança em desvario ao som de uma orquestra de borboletas,
e anda de mãos dadas em torno do coreto,
perde-se na praça, abraça e todo sem graça... oferece flores.
Só parei... para oferecer o meu olhar,
abrigar-te em meus braços em noites de solidão,
e em extremo exagero te adorar,
e depois... bem depois da madrugada, te acarinhar,
e roubar-lhe a aflição.
Só parei... para convidar-lhe... a ir comigo.
Inda tenho que andar muito, eu vou longe, nem sei mais a distância,
sou assim... tenho que ir sempre, só assim amenizo a minha ânsia.
Estou indo... nem sei mais se poderei voltar.
Só parei... porque eu tenho que ir... não posso parar.
Só parei... para te chamar.
A minha vida é uma viagem...
E existir... é nada mais que descobrir um grande amor,
porquanto isto... aqui estou, e parei.
Olha... tenho que ir.
Se você fugiu das tempestades, das minhas tempestades, é melhor ficar.
Mais... saiba, eu estaria em todas as que ainda irá um dia passar.
Eu vou longe,
Sei que posso até me perde pelo caminho,
e viver é isso... desejar alguém para não caminhar sozinho.
Como tenho outras estações para parar...
Vou descer... dançar... olhar em demasia,
viver todas as noites, todas as madrugadas,
aquecer outras camas, outras almas e não deixá-las ao frio,
vou ser feliz,
e novamente amar.

Ari Mota

Um comentário:

Denise disse...

Esta viagem emocionou-me, profundamente...


Um grande abraço, com carinho e saudade!