domingo, 10 de junho de 2012

A DISTÂNCIA DO NOSSO AMOR


Eu às vezes te procuro...
Só a encontro do outro lado da distância que nos separa,
e eu a queria assim... abraçada, a minha alma,
quase dentro de mim.
Hoje, a cama em desalinho... reclama por você,
e a insônia invade a minha calma.
E eu tento mensurar o tempo que dura a sua ausência,
e na descoberta vejo que não tem fim.
Às vezes encontro um intervalo entre nós,
um “nada” que nos envolve, uma dor imensa,
uma saudade... sem partida,
um adeus... sem despedida,
um “quase nada” entre eu... e você.
São vazios desnecessários, solidão descabida,
eu às vezes te procuro...
Só a encontro do outro lado do sonho,
como uma miragem, uma aragem desvalida.
O amor precisa pactuar o nosso encontro,
um tem que sentir o perfume do desejo,
o outro... abraçar, sentir a pele, o sabor do beijo.
Eu às vezes te procuro... necessito da sua singeleza.
E só... a encontro do outro lado... fria... na tela de um computador.
Mas, o que eu queria... era um passeio de mãos dadas.
Eu queria o toque, contar minhas histórias,
ouvir as suas, e depois... enlouquecidos,
dançar ao meio das borboletas, rir... chorar,
e em desvario... abraçar teu corpo, amar.
E depois, roubar-lhe um suspiro e lhe ofertar uma flor.
Eu às vezes te procuro...
E... só encontro o abandono que nos separa,
a distância do nosso amor.
Tudo isso, são delírios de um poeta,
que em saudades, encontra... vazios,
precisa da suavidade do aproximar-se, do calor da alma.
E você... está sempre do outro lado, distante,
escondida... na indiferença de um monitor.

Ari Mota

2 comentários:

Denise disse...

As palavras fugiram todas, ficando no silêncio o eco da beleza que o impacto das tuas lindas palavras, deixou.

Não há como comentar sentimentos, há?

Beijos, Ari. Uma semana preciosa pra ti!

Marilu disse...

Querido amigo e poeta, sentimentos a flor da pele, uma querência, um desejo, um tocar de mãos. Lindo poema. Tenha um excelente final de semana. Beijocas