Existir...
É essa
coisa insana,
de que
nunca necessitaremos mudar a rota,
de
querer viver para sempre,
e achar
que a estrada estará sempre vazia,
e plana.
Há... e
eu intrépido! Mudei muito.
- sorte...
que além de não me perder,
uma
bailarina louca me seguiu,
eu a
olhava com a alma,
e ela ao
meu lado... ia,
e foi um
lenitivo para a minha solidão,
suavizou
o meu desespero,
e a
rudeza que habitava em mim.
- até diminuiu
a minha agonia.
E fomos
juntos, nem sabíamos pra onde,
sei que
não estávamos pronto,
e
estávamos sozinhos,
éramos confusos...
e com medo,
e mesmo
assim, fomos viver,
e o que nos
salvou, é que éramos intensos,
cumplices
das nossas loucuras...
nesse
universo de desencontro,
e sem
procurar... nós nos achamos.
- foi um
apoteótico encontro.
E tudo
ficou tão nosso,
por ser
um só, uma única alma,
nunca
acreditamos em abandono,
um...
nunca fugiu do outro,
éramos
abrigo de nós mesmos,
sobrevivemos
ao desgaste do tempo,
talvez
por saber que o nosso lugar, era em nós,
que em vez
de gritar, falávamos com os olhos,
e tudo
descortinava em calma.
E um
sempre trazia de volta,
aquele
que estava quase se esquecendo de si mesmo.
Sem
desistir um do outro
construímos
essa convivência,
e só...
em ser feliz, estávamos à procura.
Atravessamos
nossas incertezas,
afrontamos
nossas duvidas,
mitigamos
nossos combates,
atravessamos
nossos desertos,
e
passamos a ser um para o outro... a
cura.
Ari Mota
domingo, 23 de fevereiro de 2025
A CURA
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