Que... o
tempo que há de vir,
seja o
reflexivo das minhas escolhas.
E que,
eu continue tendo pausas,
silencio
e contemplação.
Consiga
segredar os sonhos,
e
transitar... assim desapercebido,
quase esquecido
pela magia do anonimato,
sem se
sentir... na solidão.
Que... o
tempo que há de vir,
reverbere
todo o combate que travei.
E eu
continue assim, um aprendiz desmedido,
sem perder
meu maior defeito... a cortesia.
E jamais
esconda os poucos enganos que cometi,
nas tentativas
da construção do que hoje sou,
como não
sei aonde vou... que nunca matem o meu encanto,
e o que me
resta ainda... seja uma delicadeza de fantasia.
Que... o
tempo que há de vir,
seja para
semear singeleza.
E eu
possa continuar cultivando a minha alma.
Me... rebrotando
após as ventanias.
Tolerando
toda insensatez que me rodeou,
atenuando
todas as faltas de clareza que vivi,
avivando
as emoções que senti... todos os medos que tive,
da
resiliência que tirei de dentro... para as travessias.
Que... o
tempo que há de vir,
seja de
encontro.
Que eu
saiba mais dessa moldagem que em mim habita.
Desse talento
que tive em tolerar a aridez do caminho.
De resistir
à inclemência das tempestades,
e mesmo
assim... continuar,
não permitindo
que me roube à ilusão de que tudo se renova,
nem da
prova... que tudo é fugaz como um vendaval,
e que às
vezes podemos ficar sozinho.
Que no
tempo que há de vir,
tenha mais
leveza.
Eu não
mais, fique... a procura.
Que eu
continue com os meus amores,
amando o
rock and roll, Albinoni e a poesia,
e que
entre escolher... sair com a lucidez,
eu prefira
uma outra ingênua companhia:
- a
loucura.
ARI MOTA
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