Em algum momento do passado, foi nos concedido a terra para nossa existência,
na verdade, ela é nossa nave para esta viagem nos caminhos do universo,
e como se não bastasse foi nos ofertados também o livre arbítrio e o tempo...
Teríamos o poder da decisão e um período para executar nossa missão.
Teríamos que evoluir e como um cavaleiro seríamos eternamente o seu mantedor.
Sustentaríamos essa nave com toda a sua beleza e força, seríamos os seus guardiões.
Com desvelo, olharíamos para os rios, para as borboletas, para os gafanhotos, e o jequitibá.
Não iríamos interferir no ecossistema, nem na individualidade das pessoas... nem na alma.
A liberdade nasceria no gesto, nas palavras, na crença e na ideologia... não teríamos fronteiras.
Respeitaríamos as diferenças, o maior e o menor... conduziríamos com harmonia nossas vidas.
Mas, o tempo passou... desconstruímos o que nos foi dado como baliza... perdemos o foco.
Tornamo-nos predadores, subjugamos o bem em remição ao mal... barbarizamos o existir.
Negamos com mesquinhez a gentileza de servir, com sentimento vil, menosprezamos o doar,
e com olhares de desdém não sentimos a dor do próximo... individualizamos o repartir.
Ficamos menos humanos... temos que reinventar alguns sentimentos e criar outros.
Há uma nova era aproximando... um novo realinhamento.
O homem carece de rever suas atitudes e consciência.
Buscar dentro da própria alma... sua fé.
Realinhar seus sonhos e seus amores.
Reinventar a verdade... e o bem.
Retomar sua evolução e a do planeta.
Ari Mota