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sexta-feira, 9 de julho de 2010

NOSSO AMOR NUNCA TROCOU CARTAS



Até tentei, rabisquei, amassei a folha e joguei ao chão,
ensaiei uns versos, no reverso dos meus olhos para te encontrar,
procurei o seu endereço, até no avesso da cidade, para te achar,
e não te encontrei.
No absurdo do acaso, fiz um poema, virei poeta,
e você não me encontrou,
nem sequer me leu,
nem sequer me achou,
e na solidão, eu e minha alma, sempre escrevemos nas madrugadas frias,
sem papel, sem ponto, sem vírgula... em devaneios,
apenas com gotas que caem pela face, e ficam invisíveis...
que nem eu mesmo consigo ler.
E o destino plantou um abismo entre nós,
não sei onde você está, e não consigo te achar...
e como nosso amor nunca trocou cartas,
hoje escrevo para o mundo... para um dia você me encontrar.
Retiro da alma, o amor que inibido não sussurrei ao seu ouvido,
e que nem em cartas de amor escrevi,
e nem em noites de luar eu declarei.
Hoje escrevo para o mundo as cartas de amor que não trocamos.
Se porventura um poema lhe tocar suavemente,
e doer por dentro, olhe o autor...
pode ser docemente este poeta, em delírios.
Pode ser minha alma verbalizando todo o meu destino,
que foi sempre te amar.
Hoje escrevo para o mundo, as cartas que não mandei,
os versos que não recitei,
para você...
que sempre amei.

Ari Mota