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domingo, 7 de abril de 2013

OS MEUS FANTASMAS

Por anos... fugi dos fantasmas que rondavam a minha alma,
daquela voz que me chamava, me aprisionava,
daquela mascara agarrada à cara, dos meus sonhos... senis.
Tentei pactuar com eles uma trégua, eu queria instantes de alívio,
e coragem para ser feliz.
Mas um dia, em fúria... e em loucura, os coloquei na rua, os mandei andar,
os mandei embora, os afastei do meu íntimo, da minha essência.
Entre tantos loucos... sou doce e livre,
sei que a vida só irá me oferecer... o que eu for buscar.
E o fiz incessantemente, como quem procura a si mesmo,
como não consegui surpreender o mundo, surpreendi a mim... mudei
fui me reconstruindo, desapegando dos rótulos,
não permiti um código de barras na minha pele,
virei aprendiz de mim, nada perco, troco-me... transformei.
Das derrotas... compactei todos os meus desesperos, e deles, fiz uma estrada,
e da estrada uma rampa, onde salto profundo sem os meus medos.
E as ferramentas que preciso para mudar o meu mundo, sem me abater,
esconde em minhas fantasias e no meu destemor em enfrentar os meus reveses,
e na firmeza em encarar os perigos que é... viver.
Como sou otimista...
Já estou com plantio nas terras longínquas do amanhã,
resgato o sorriso, o apreço... sem coisificar pessoas, e suas ousadias.
E em metáforas espalho flores... nada sentencio ou censuro,
preparo-me tanto... que passei de mim,
já estou com saudade do meu futuro.
E, ó... para os meus fantasmas... com todo o desfavor,
para os meus medos... para a minha solidão,
sei que tudo posso... mudar e conseguir,
e para o tempo que haverá de vir,
eu tenho uma solução:
amor.

Ari Mota