Não
espere...
Que
descubram a pessoa que você se tornou.
Serenamente
desponte sem ninguém notar.
Revele-se
para si próprio,
sem
nenhuma ufania.
Se não
conseguir aplausos, aceite a platéia vazia,
mas,
nunca abandone o palco,
ou passe
por aqui, sem amar.
Existir
é isso, é uma infinita ilusão.
E se
espera um milagre,
que ele
venha de dentro.
Nem que
tudo isso demore,
tenha o
peso de uma vida,
ou abeire-se
a solidão.
Não
espere...
Que lhe
proponham conhecer as receitas da vida.
Só deparamos
com essas atenuantes ao caminhar.
O
universo espera que você faça diferente,
esse é
seu alento.
E
edifique quem você é, patenteando o seu talento,
com
temperança e equilíbrio,
sem
nunca assoberbar.
Irão tentar
lhe roubar a energia e a alta estima.
E quando
falarem sobre o medo,
vire-se
e vá embora com a sua coragem.
E se
acaso discursarem sobre ausência,
levanta-te,
e saia para o encontro.
Vá viver
feliz, mude sempre de lugar,
um lugar
acima.
Não
espere...
Que lhe
tragam a utópica impressão da leveza.
Silencie,
questione, pergunte, até encontrar.
Vergue-se
em resilência,
e
desista de se definir.
Faça-se
assim, imperfeito, estamos aqui para evoluir.
Mas,
nunca renuncie ao combate,
ou transite
sem lutar.
Aproveite-se
da vida, sabendo da profundidade da dor.
Se tiver
que ressentir,
preencher
os vazios da alma,
que sejam
de contentamento,
alegria
desmedida,
e invariavelmente
de amor.
Ari Mota
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