terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

A INFINITA ILUSÃO

Não espere...
Que descubram a pessoa que você se tornou.
Serenamente desponte sem ninguém notar.
Revele-se para si próprio,
sem nenhuma ufania.
Se não conseguir aplausos, aceite a platéia vazia,
mas, nunca abandone o palco,
ou passe por aqui, sem amar.
Existir é isso, é uma infinita ilusão.
E se espera um milagre,
que ele venha de dentro.
Nem que tudo isso demore,
tenha o peso de uma vida,
ou abeire-se a solidão.

Não espere...
Que lhe proponham conhecer as receitas da vida.
Só deparamos com essas atenuantes ao caminhar.
O universo espera que você faça diferente,
esse é seu alento.
E edifique quem você é, patenteando o seu talento,
com temperança e equilíbrio,
sem nunca assoberbar.
Irão tentar lhe roubar a energia e a alta estima.
E quando falarem sobre o medo,
vire-se e vá embora com a sua coragem.
E se acaso discursarem sobre ausência,
levanta-te, e saia para o encontro.
Vá viver feliz, mude sempre de lugar,
um lugar acima.

Não espere...
Que lhe tragam a utópica impressão da leveza.
Silencie, questione, pergunte, até encontrar.
Vergue-se em resilência,
e desista de se definir.
Faça-se assim, imperfeito, estamos aqui para evoluir.
Mas, nunca renuncie ao combate,
ou transite sem lutar.
Aproveite-se da vida, sabendo da profundidade da dor.
Se tiver que ressentir,
preencher os vazios da alma,
que sejam de contentamento,
alegria desmedida,
e invariavelmente de amor.

Ari Mota


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