Precisamos...
mesmo, é não ter nenhum paradigma,
e partir
para cima da vida... viver,
ter a
coragem de dizer: esse sou eu...
- Bem
vindo a minha loucura,
só posso
compartilhar o meu silêncio,
a
grandeza da minha pequenez,
o que eu
tinha de selvagem... e virou brandura.
E compreender...
que existir é uma absoluta doidice,
uma
efêmera extravagância,
uma
excêntrica viagem,
e que
num dado momento tudo passa a ser paradoxal,
esquecemos
de viver nossos instantes,
para
gerirmos nossos vazios, nossa solidão,
e às
vezes vitimamos em demasia,
e
passamos a vagar como um ser espectral.
Existir...
é mais que isso.
É
cercar-se de gente feliz, profunda,
é
contornar as vicissitudes como um menino,
amar
reinícios, celebrar recomeços,
tomar de
assalto o controle da própria alma,
não
permitir que ofusquem o fulgor dos olhos,
nem a
indescritível beleza que carregamos por dentro.
- É...
não estar nem aí com os tropeços.
Que não
fiquemos refém do princípio,
como se
não houvesse fim,
e pudéssemos
levar alguma coisa,
essas quinquilharias
que se junta em vida.
Não
podemos esquecer que só é possível levar leveza,
as
sutilezas conquistadas, os afetos distribuídos,
os
sonhos compartilhados, os desafios vividos,
e a
doçura da cama repartida.
Temos
que observar os sinais do caminho,
e distanciar
de tudo que não nos complete,
de tudo
que não nos dê arrepio, estremeça a alma,
de tudo
que nos provoque dor,
e manter
esse infinito capricho... que é ser feliz,
e
resistir esse coisificar da vida,
aproximando
mais de si mesmo,
reedificando
a alma e reeditando o amor.
Ari Mota
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