Vez em
quando...
Convém
pôr a alma no seu estado primitivo,
reiniciá-la.
Imprescindível
é, reabastecê-la de outros paradigmas,
de
outros atalhos, de outras audácias,
repovoá-la.
Como
tudo é fugaz...
Ela pode
se esgotar, sem se perceber,
esvaziar-se,
ficar sem emoção.
Perder a
leveza, o lúdico, a singeleza,
a
infinita vontade de ser feliz,
murchar
em noites de solidão.
Vez em
quando...
E quase
sempre, refugie-se dentro de si mesmo,
é o
melhor lugar para existir.
E ali,
plante flores, delicadeza, e seus amores,
escolha
para quem escancarar a porta, a alma,
e não
permita o sonho exaurir.
Mas, se
de tudo...
Inda,
ficar vazios incomensuráveis,
aí, não
terá outra saída.
Reinstale
aquele resto de loucura, de fé, de doçura,
entrelace
em outro corpo, em outra perspectiva,
redesenhe
o caminho, a vida.
E,
melhor mesmo...
É criar
a sua própria energia,
ter o
seu brilho, dar chama a sua luz.
Estamos
interligados na mesma ilusão,
dissemine
em partículas, toda a sua verdade,
saiba, tudo
que aqui fizer se reproduz.
Mas, em
tudo...
Convém
mesmo, é reinstalar o amor,
e perder-se
nos versos de uma poesia.
Andar
mais com você, aqui, ou nas estrelas,
e em
silêncio seguir se reinventando,
Ari Mota
Um comentário:
Eu amo todos os seus poemas!
Obrigada por compartilhar tamanha sensibilidade e conseguir traduzir em palavras os sentimentos. (Lecka)
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