Silencie...
Para
ouvir essas vozes que brotam de dentro,
talvez, esteja
ali o nosso segredo,
elas
reverberam nossas comoções aflitivas,
nossas
impaciências.
nosso
medo.
Calma...
essa pressa,
essa
fugacidade em entesourar-se,
talvez, nos
fragilize mais, nos apequene mais,
o sonho
não pode resumir-se no “ter”,
ele é
apenas uma emoção que edifica o “ser”
uma
referência, um cais.
Silencie...
Essas
vozes estão gritando aí na alma,
talvez,
estejam falando de amor, revelando ternura.
Tenhas
mais leveza, enlouqueça de vez em quando,
faça a
doidice ruir essa ânsia por si só,
releve
os descorteses... com mais brandura.
Calma...
essa pressa,
essa
celeridade pode não levá-lo a lugar nenhum,
talvez,
você se encontre dentro de você mesmo,
e em vez
de desertos, encontre sua melhor companhia,
em um
recanto aprazível, inimaginável,
e não
será necessário sair por aí... a esmo.
Silencie...
Resista dessa
fúria coletiva, de vencer sempre,
é nas
derrotas que somos provocados a nunca desistir,
são
lenitivos, nos fazem recuar... para depois fazer melhor,
reerguemos
aí, repaginamos a alma neste momento,
e em
resiliência iniciamos a nos reconstruir.
Silencie...
para ouvir as vozes que vem da alma,
e quando
chegar o último instante,
aquele
exato momento de despedir de tudo,
de
deixar todas as coisas,
possa descobrir...
“que
espetáculo o que fiz”,
e olhar
para dentro, e dizer:
- fui
feliz.
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