O que
nos diferencia, não é a cor da pele, dos olhos,
o traje
colorido, ou os adornos em disfarce,
o que
nos distingue, são nossas menores partículas,
essas,
que nos faz sentir,
o
invisível que carregamos por dentro,
essa
força anímica, essa energia de alma,
que nos
regenera...
- fecunda
o existir.
O que
nos restaura, é essa vontade descomedida,
de
oferecer o melhor de si mesmo,
não
possuindo a precisão do amanha,
nem tão
pouco a sutil certeza,
do que é
real, ou fantasia,
e
reconhecendo a incongruente dúvida,
para
transfigurar o medo em ousadia...
- e
levar a vida com mais leveza.
O que
nos reconstrói, é o sonho,
essa
coisa abstrata, que só os intensos conhecem,
e visceralmente
o aderem na alma,
e se
obstinam até o fim,
não o
terceirizam, nem o deixam pelo caminho,
insistem,
carregam vida a fora,
travam lutas
internas, ganham, perdem...
- e em
silencio continuam assim.
O que
nos faz evoluir, é o que guardamos,
depositamos
sob forma de energia em nossas células,
e passa
a ser o que pensamos e sentimos,
norteiam
o nosso destino, nossa razão,
e são
felizes e livres,
os que
não carregam futilidades e coisas,
caminham
leves, e com o seu próprio silencio...
- e passam
a lidar melhor com a solidão.
Mas, o
que nos regenera mesmo,
é quando
um aroma vindo de algum lugar,
inunda nossas
vidas, invade nosso peito,
e não vem
de um jardim, nem de uma flor,
exala
pelos poros,
como quem
quer esvair-se por dentro,
e por um
encanto, descobre:
Que o
perfume vem do interior... vem da alma...
- e tem
gosto de amor.
Ari Mota
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