Nunca
consegui entender... tudo isso,
e sempre
soube que não seria fácil,
- compreender
esse silêncio que me atravessa.
Nunca
consegui aquietar a minha alma,
e
somente eu... sei o barulho que ela faz,
parece
que está em quietude,
- mas
tem toda uma pressa.
Como não
vim para me completar aqui,
e terei
outras paragens,
outras
vidas para viver,
que...
eu nunca canse de tentar tanto,
e passar
sempre amando, sem nunca me perder.
Nunca
consegui entender... tudo isso,
cheguei
a pensar que tudo seria calmaria,
e tudo
chegou como uma tempestuosa ventania,
e em
grande fúria, me bateu sem dó,
como se
fosse um furacão.
Resiliente...
levantei varias vezes,
resisti
a tudo que me devora,
nunca me
senti... só.
E sou
isso... essa coisa inacabada,
levanto
todos os dias e vou,
sou um
canteiro de obras...
- estarei
sempre em construção,
até, o
dia de ir embora.
Há
dias... que ao meio de uma batalha,
silencio-me...
vou ouvir a minha musica,
escrever
a minha poesia,
agasalhar
a alma de toda essa rudeza,
sem nunca,
deixá-la vazia.
Tentei
de tudo... fiz de tudo,
nunca
consegui juntar coisas,
nunca
tive o domínio de nada,
não é
desculpa, ou um escudo,
é que...
só passei a perceber as emoções,
e só
posso controlar a energia que tenho por dentro,
esse
amor que em mim visceralmente esconde,
coisas
que só a gente responde,
essa
coisa que transborda e ninguém vê.
essa
ânsia contida, essa timidez atrevida,
- de
murmurar, eu... vivi sem clichê.
E tudo
foi intenso... e faria como fiz,
do mesmo
jeito, com a mesma medida.
Só consegui
entender... o quão tudo é fugaz,
quando
ao meio de tantos temporais tive que ser feliz.
Inda ficarei
por aqui... um tempo,
sem entender
tudo isso,
e aos
que eu amei... essas almas queridas,
- que eu
possa casualmente tropeçar em vocês,
em
outras vidas.
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