Que vire
pó,
todas as
coisas que esbarrei pelo caminho,
e que, eu
possa deslembrar de tudo que me feriu,
ou
tentou me apequenar.
Que eu
leve adiante essa minha teimosia,
e faça
frente... a todas as minhas tempestades,
e
enfrente esses nevoeiros espessos,
que
embrusca os meus sonhos,
retira a
clareza do meu olhar.
Que vire
coisa nenhuma,
ou
pequenos nadas... todos os medos que tenho,
e que,
eu saiba encontrar além da minha loucura,
a
lucidez que eu escondo.
E faça esse
vento, que sopra ao meu desfavor,
essa
cerração que cai impetuosa,
ser tão
somente... uma aragem de reinícios,
onde eu
possa me reinventar,
inundar
de resiliência as minhas aflições,
e seguir
me recompondo.
Que eu
encontre calmaria,
depois
de todas as chuvas torrenciais,
que eu
saiba enfrentar o frio rasgando a face.
E como
não sofro de urgência,
e não
espero o desespero bater em minha alma,
que, eu saiba
suportar com lucidez... o tranco da vida,
e com
leveza consiga achar uma saída,
para
esse exercício insano, que é existir,
sem
nunca pensar em desistência.
Que vire
pó,
todas as
coisas que conquistei,
essas inutilidades,
essas pequenezas,
e não
colecione mais nada,
nem
selos, nem metal,
tão pouco...
ressentimentos,
ou resquícios
de magoas,
sobras de
melancolia... tristezas.
Que, eu
alcance todos os meus sonhos,
e saiba
esvaziar-me deles,
e guardá-los
como memória.
E se, um
dia o destino perguntar das minhas proezas,
que eu
diga através da minha poesia,
que, o
que levo são todas as emoções que tive,
o amor
que dei, e recebi.
De resto
o que me ocorreu,
não
passou de inutilezas.
2 comentários:
Ahhhh ki delíciaaa de música!Nessa voz então...simplesmente magnífica :)
Olá, Ari!
Digo o mesmo: que vire pó!
Mudar o rumo da vida é salutar de vez em quando...
Abraços fraternais
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