Mensurar a si
mesmo... é para quem tem ousadia,
e pode durar uma
vida... um sonho... um delírio qualquer.
Mas, imprescindível...
é saber que não basta ter planos para ser feliz,
precisas é... ter
coragem... para prosseguir... continuar,
e fazer... uns reparos,
uns consertos... uns reinícios,
e existir... sem
aplausos, sem rótulos,
e não permitir
alguém te catalogar,
ou opinar em suas
escolhas... fazer censura na sua teimosia.
Mensurar a si
mesmo... é intrínseco aos que batem asas,
e vivem como uma
brisa descomprometida e a tudo extravasas,
e tudo que emite,
emerge da alma, ecoa do silencio,
e transforma em
prece,
sem estarrecer com
os tropeços, nem deslumbrar quando envaidece.
É caminhar assim... na dimensão de si mesmo,
com suas dúvidas
e certezas,
e saber olhar tudo com doçura...
e, em vez de gritar...
emudecer.
emudecer.
É quando olhas em
circunspecto... e para dentro,
e sente que foi
invadido por uma ausência de desassossego,
de aflição,
de uma vontade de
quietar-se, chegar á alma... sem desabar,
e depois disso...
perceber uma escassez de inquietação,
uma calmaria sem
fim... e um remanso roubar-lhe a tristeza,
e aí...
descortinar o momento de treinar muito... à ser você,
e seguir... somente... com quem te traga leveza,
e gastar o melhor que tens... com quem transpira... amor,
e não mais transitar... com ninguém... cheio de nada,
que lhe dê um peso ou um sonho prosaico... para carregar,
ou que te olhes com desdém... sem mensurar o seu valor,
e depois... passar a fugir de quem... vocifera futileza.
Mensurar a si
mesmo...
é agarrar os
momentos de... silêncio e de pausa,
e voltar todas as
manhãs para a vida... para a sua vida,
renunciar este
olhar em demasia para com os outros,
para
superficialidade do existir, para as coisas,
para os demais destinos,
e voltar-se para
si, para o próprio caminho em causa,
e desapegar das
mascaras... e não mais, disfarçar de alguém,
ser o melhor de
você... o que nunca ninguém viu,
e não mais cair
nas armadilhas do ego, das idiotias,
e não mais sair
julgando pessoas e suas escolhas,
e nem olhar quem
chegou... ou partiu.
Mensurar a si
mesmo... é descobrir o seu real valor,
é combater o que
te apequena... te faz solidão,
é ser melhor...
do que foi ontem... virar mansidão,
e restaurar os
sonhos e
transcender o
inusitado...
e o amor.
Ari Mota
Um comentário:
Meu amigo
Como sempre encontro-me nas tuas palavras.
A vida é tão breve que devemos aproveitar cada instante, porque quando damos por isso já passaram os nossos melhores anos.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
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