Um dia, meio que perdido nas esquinas do tempo,
um velho sábio mostrou-me dois caminhos:
Viver ou filosofar.
O destino já conhecia as minhas escolhas...
só ficou no caminho a me esperar.
E assim... como desconhecia a arte dos vocábulos,
só detinha o saber da luta, a solidão das batalhas,
fui viver.
E de tão intenso, de tão amargo... nunca terminou,
virou rotina, um hábito, acostumei ao desconforto,
mas... resisto às madrugadas de insônia,
rompo as noites de vigília, esperando o sol,
enxugo o suor que vem da alma, aqueço o tremor do corpo,
refaço todos os sonhos... eu me ilumino, sou um farol,
adapto-me as ventanias.
E hoje envelhecido... estou no melhor do meu tempo,
tempo de calmaria.
Faço musica com os meus soluços, virei poeta,
fiz da minha alma poesia, serena... quieta.
Transformo lagrimas em brisa...
como se fossem aragem no meu existir,
no meio da solidão... planto flores,
cuido de borboletas azuis, de amores,
na descoberta aprendi o que é o amor... amar,
hoje além de viver,
passei a filosofar.
Ari Mota
4 comentários:
Querido amigo e poeta, adaptar-se a cada momento da vida, talvez esse seja o grande segredo de ser feliz. Seus textos são sempre cheios de emoção. Amei. Tenha uma linda semana. Beijocas
Graças a Deus que você vive e que filosofa a vida! Querido, tuas palavras chegam diretamente ao meu âmago - alma.
De tanto que gosto do que você escreve, te indiquei no meu twitter.
Um beijo grande,
Nara.
Li, reli...emocionei-me e sorri.
Uma das resiliências mais lindas que já vi...
"Faço musica com os meus soluços, virei poeta,
fiz da minha alma poesia, serena... quieta."
Para além da filosofia, a vida nos cobra existir!
Uma ótima semana, meu amigo poeta que planta flores nos meus dias, onde as borboletas costumam voar...
Grande abraço.
Meu querido
Sempre passando para te ler e deixando um beijinho.
Sonhadora
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