Coisificaram
tanto...
Esvaziaram
tanto...
Parece
até... que a emoção desfaleceu lá dentro,
e os
olhos não resplendem mais,
nem com
vida,
nem com
o amor.
Ensoberbeceram
em demasia,
e foram
perdendo o encanto,
a magia
do contemplar.
Submergiram-se
em uma frieza coletiva,
parece
que tudo nos devora,
e não temos
mais tempo de se opor.
Mas...
Eu... tenho
agarrado em mim,
uma
energia descomunal.
Sempre
quis uma chance para fluir,
sempre quis
ser diferente,
uns a
chamam de sonho, outros de resiliência.
E ávido
por saber,
tive que
desadormecer.
Mergulhei
nos livros e conheci universos,
compreendi
dos acertos e dos meus fracassos.
E... foi
só assim que a alma ganhou afluência.
Mas..
nem tudo
foi tempestade,
nem tudo
virou sofreguidão.
Só
cresci depois que envelheci,
e tive
que enfrentar a mim mesmo,
e cuidar
desse templo.
Fui
experienciar de tudo um pouco,
desadormeci.
depois, me
arvorei em ser poeta,
e hoje
escrevo pra mim
- sou
quase solidão.
Mas... desadormecer,
foi o
que de melhor me ocorreu.
Encontrei
um universo só meu.
Na
solitude que lá existe,
aproveito
da minha própria companhia.
No
silencio que lá existe,
aproveito
para ouvir a própria alma.
E lá, ando
livre... com os meus amores,
restauro os sonhos e a emoção.
Ari Mota
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