Sei
que o tempo se esgota,
mais
parece um efêmero vendaval,
mas...
mesmo assim, é um dispare existir,
um
desatino continuar.
Eu
muita das vezes esqueço-me dele,
e
nem sei por onde ele anda, e nem quero saber,
é
que ele, quase me fez não encontrar algo pelo que viver,
já
quis descontruir o meu maior sonho...
que
era nunca se esvaziar.
Verdade
foi que sonhei em demasia,
quis
ser e ter tanta coisa,
quase
me sufoquei, e tudo me doeu.
Mas...
optei em não acumular sonhos,
venho
realizando um por vez,
e
fiz todos caberem, dentro da minha ousadia.
E
hoje entardecido, o ultimo sonho é ser “eu”.
E
assim...
entre
eu e o tempo... instalamos um abismo,
e
jogamos lá dentro: o ontem e o amanhã,
pactuamos
só viver o momento,
e
continuar sonhando até o fim.
E
existir me foi apoteótico...
Saí...
desesperado à procura de um amor.
E
num descuido juvenil, uma bailarina louca...
esmurrou
a porta da minha alma,
e
saímos mundo afora,
vivendo
nossa doce loucura.
E
esse sonho se perpetuou nas estrelas,
e
um... nunca desistiu do outro, e até hoje dura.
Depois
três borboletas,
surgiram
rodopiando em nossa volta.
Preencheram
todos os nossos vazios,
povoaram
os nossos desertos,
inundaram
de amor a nossa solidão.
Passamos
a carregar leveza...
e
gratidão.
E
se de tudo,
tudo
for impermanência...
e
desafio,
que
venham os temporais, as incertezas,
-
que entro com a minha resilência.
Ari
Mota
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