percebas
que o mais difícil... o mais intrépido,
foi
olhar dentro de si mesmo,
descobrir
esse refúgio,
e se
encontrar...
- assim,
deste jeito...
com os
seus medos, seus segredos,
ora
efêmero... como uma ventania,
e muitas
das vezes... tênue como uma porcelana,
mas,
intenso na sua teimosia.
É que...
de todos os lugares,
esse
essencialmente é o mais profundo,
impenetrável...
em noites de desespero,
mas,
acessível em madrugadas de solidão,
é... de
todos os abrigos,
o que
mais oferece aconchego,
acalenta
a alma, silencia o grito,
armazena
leveza,
e tem uma
sinergia que redesenha os sonhos,
afogueia
o existir, e traduz tudo em delicadeza.
Que...
de todos os embates,
esse
terás que, agarrar com mais desvelo,
- será o
de ressignificar a própria alma,
torná-la
silêncio,
fazê-la
amplidão,
e edificar
ali... um templo,
uma
fonte de suspiros, de emoção,
onde
terás que plantar ousadia, ser resplendor,
e
derramar luz em todos os caminhos,
e ter
como frequência... o amor.
E que
depois de tudo... de todas as batalhas,
descubra
que o perfeito dia... é hoje,
e o
melhor lugar do mundo, é aí dentro,
onde
reside a força que te faz... jamais desistir,
onde se
replanta quietude, e colhe atrevimento,
onde se semeia
calmaria, e repovoa os desertos,
e nutri-se
de contemplação,
te faz vibrar
com o por sol, e o cair da noite,
e te faz
estremecer com a sutileza das estrelas.
- É onde
se despeja toda a aflição.
Ari Mota
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