Dia
desses que percebi, esqueci de desistir.
Não sei
se, foi lucidez ou desatino,
nem sei
quando, nem sei como,
talvez tenha
sido um lapso ou coisas do destino.
Certo
foi que, quase perdi o fôlego,
- e para
chegar até aqui,
quase me
afoguei na solidão.
Dia
desses que percebi,
não me
importei com o tamanho das tempestades,
nem os desassossegos
do caminho,
nem das
vezes que para transcender,
tive que
entrar alma adentro, à minha procura,
e muitas
das vezes me encontrar sozinho,
- e para
chegar até aqui,
não me
importei se tudo isso foi apenas uma ilusão.
Dia
desses que percebi, esqueci de desistir.
E não
sei se foi o acaso,
ou um
descuido intempestivo do existir.
Cheguei
como uma aragem descomprometida,
envolto
a um silêncio ensurdecedor,
cheguei
sem urgência, sem saber do fim,
fui
tracejando tudo com destemor,
não sei
se, perdi tempo com os meus devaneios,
com a
minha poesia, com as minhas doidices,
- O que
sei, é que, sem querer não abdiquei de mim.
Dia
desses que percebi,
por
andar meio distraído,
tudo se
transformou em um grande equívoco,
em vez
de desistir, passei a insistir,
e, é por
isso que, nunca encontrei tristeza na solidão,
nem
desespero nas tempestades,
e o
maior dos meus desatinos, foi só querer ser feliz,
e a minha
loucura, não passa de delírios ocasionais,
instantes
ingênuo de alucinação.
Dia
desses que percebi,
cheguei
manso como uma nevoa,
quieto,
como um caçador,
e fiquei
assim, indivisível,
- nem
maior, nem menor.
E eu que
queria fazer o meu melhor,
fiz o
impossível,
nunca me
esqueci de sonhar,
fiz da
minha alma brandura,
não
aprendi a odiar,
e o que
de pesado carrego,
é leveza
e amor.
Ari Mota
Um comentário:
Mais gentil do nunca Dr.Ari... Que Letícia vê VC!
Encanta, Brilha, Transforma!
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