Não sei
se, foi instinto ou destino,
mas, experimentei
vários medos,
e tudo foi
intenso, imenso.
Verdade
foi que, não sabia para onde ir,
talvez,
por olhar em demasia o horizonte,
não
errei a direção.
Varias
foram às vezes, que falei sozinho:
Faz o
seguinte... Continua.
E me
despertava essa tendência ao combate,
essas
coisas que não sai de dentro da gente,
e que
jamais se extenua.
E fui me
dando chances,
sabendo
o que fazer de mim,
das
sobras de cada dia,
de cada interminável
aperto,
de cada
estranha aflição.
Não sei
se, foi destino ou instinto,
mas,
provei do amargo de todos os medos,
esses que
estremecem a carne, sacodem a alma.
Verdade foi
que, depois deles,
talvez por
acreditar em recomeços,
sempre, era
alcançado pela coragem.
Varias
foram às vezes, que pensei em desistir,
mas, por
pura resiliência, me reconstruía,
e me
provocava a tentar mais uma vez,
esses mistérios
do íntimo, o que de visceral temos,
e que
jamais perdemos... Por teimosia.
E fui me
oferecendo gentilezas,
desdobrando
esse nó no peito,
essa angustia
descabida,
esse vazio
que carregamos, essa dúvida que arrastamos,
dessa desavisada
vida, esquisita viagem.
Talvez,
tudo foi só instinto:
Vejo-me,
desafiando o medo,
quando o
meu caminho escasseia,
quando o
destino me oferece expectativas pequenas,
e preciso,
que me levantem, erga, me ponha em pé,
preciso
de mim inteiro, e não de algo que me medeia.
Como já
tive medo de ausência,
passei a
demorar com quem me ama.
Como já tive
medo da incerteza,
passei a
dançar em desvario, com todo o meu ceticismo.
Como já
tive medo da lucidez,
passei a
enlouquecer vez por outra.
Como já
tive medo da solidão,
encontrei
em mim, uma das melhores companhias.
Como já
tive medo do medo,
hoje, brincamos
ao luar... O fiz virar leveza.
E nada
mais, posso mudar... Nada me é factível.
Depois
do medo... Sabe o que me sobrou?
fazer
aquilo que parecia... Impossível.
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