A minha vida é uma viagem...
inda tenho que andar muito, eu vou longe.
Só parei... porque sei... que
é nas estações que se encontra... os amores,
reabastece a alma, aquece a
carne, oferece colo,
dança em desvario ao som de
uma orquestra de borboletas,
e anda de mãos dadas em torno
do coreto,
perde-se na praça, abraça e
todo sem graça... oferece flores.
Só parei... para oferecer o
meu olhar,
abrigar-te em meus braços em
noites de solidão,
e em extremo exagero te
adorar,
e depois... bem depois da
madrugada, te acarinhar,
e roubar-lhe a aflição.
Só parei... para convidar-lhe...
a ir comigo.
Inda tenho que andar muito,
eu vou longe, nem sei mais a distância,
sou assim... tenho que ir
sempre, só assim amenizo a minha ânsia.
Estou indo... nem sei mais se
poderei voltar.
Só parei... porque eu tenho
que ir... não posso parar.
Só parei... para te chamar.
A minha vida é uma viagem...
E existir... é nada mais que
descobrir um grande amor,
porquanto isto... aqui estou,
e parei.
Olha... tenho que ir.
Se você fugiu das
tempestades, das minhas tempestades, é melhor ficar.
Mais... saiba, eu estaria em
todas as que ainda irá um dia passar.
Eu vou longe,
Sei que posso até me perde
pelo caminho,
e viver é isso... desejar
alguém para não caminhar sozinho.
Como tenho outras estações
para parar...
Vou descer... dançar... olhar
em demasia,
viver todas as noites, todas
as madrugadas,
aquecer outras camas, outras
almas e não deixá-las ao frio,
vou ser feliz,
e novamente amar.
Ari Mota
Ari Mota
Um comentário:
Esta viagem emocionou-me, profundamente...
Um grande abraço, com carinho e saudade!
Postar um comentário