Eu às vezes te procuro...
Só a encontro do outro lado
da distância que nos separa,
e eu a queria assim...
abraçada, a minha alma,
quase dentro de mim.
Hoje, a cama em desalinho...
reclama por você,
e a insônia invade a minha calma.
E eu tento mensurar o tempo
que dura a sua ausência,
e na descoberta vejo que não tem
fim.
Às vezes encontro um
intervalo entre nós,
um “nada” que nos envolve,
uma dor imensa,
uma saudade... sem partida,
um adeus... sem despedida,
um “quase nada” entre eu... e
você.
São vazios desnecessários,
solidão descabida,
eu às vezes te procuro...
Só a encontro do outro lado
do sonho,
como uma miragem, uma aragem
desvalida.
O amor precisa pactuar o
nosso encontro,
um tem que sentir o perfume
do desejo,
o outro... abraçar, sentir a
pele, o sabor do beijo.
Eu às vezes te procuro... necessito
da sua singeleza.
E só... a encontro do outro
lado... fria... na tela de um computador.
Mas, o que eu queria... era
um passeio de mãos dadas.
Eu queria o toque, contar
minhas histórias,
ouvir as suas, e depois...
enlouquecidos,
dançar ao meio das
borboletas, rir... chorar,
e em desvario... abraçar teu
corpo, amar.
E depois, roubar-lhe um
suspiro e lhe ofertar uma flor.
Eu às vezes te procuro...
E... só encontro o abandono
que nos separa,
a distância do nosso amor.
Tudo isso, são delírios de um
poeta,
que em saudades, encontra...
vazios,
precisa da suavidade do
aproximar-se, do calor da alma.
E você... está sempre do
outro lado, distante,
escondida... na indiferença
de um monitor.
Ari Mota
2 comentários:
As palavras fugiram todas, ficando no silêncio o eco da beleza que o impacto das tuas lindas palavras, deixou.
Não há como comentar sentimentos, há?
Beijos, Ari. Uma semana preciosa pra ti!
Querido amigo e poeta, sentimentos a flor da pele, uma querência, um desejo, um tocar de mãos. Lindo poema. Tenha um excelente final de semana. Beijocas
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