domingo, 3 de junho de 2012

ACENDER A PRÓPRIA LUZ


Se ficares olhando em retrospectiva...
E não conseguir mensurar as mudanças da alma,
e um desassossego insistir em ficar e demorar a sair,
e depois, uma angustia descabida, uma dor desconhecida,
apossar do riso, e fazê-lo afogar no próprio vazio, sem sobreaviso,
e uma ausência de si mesmo... transformar tudo em escuridão.
Talvez... sua trajetória não foi evolutiva... inerte,
não caminhou em busca da própria luz,
ninguém nasce o que é... tudo é feito de mudanças:
Altera-se, aprende, perde, caminha sozinho,
seca as lagrimas, as devora em noites de desespero,
ri, e continua...
Viver é provocar o medo...
é aprender a existir até com o arrepio da solidão.
E o tempo nada ensina, se dele nada extrair.
A vida é como um túnel... a luz sempre estará um pouco adiante,
como se fosse um horizonte.
E para alcançá-la... tem que quebrar todos os paradigmas,
desprender-se de todas as verdades, e de todas as mentiras,
refazer todos os caminhos, renavegar em todos os mares,
reparar todos os abraços, reconstruir todos os olhares.
E viver é isso... é uma empolgação descomprometida,
é um... agarrar ao imponderável fim... e assim,
vividamente... desprender, de todos os temores, e hesitação.
Acorde sempre com saudade do poder que você nunca teve,
e desafie você mesmo... ao novo, ao inusitado,
só você, sabe... quem és, esta busca é só sua.
Abandone tudo que te capture, te ofusque, e que não te seduz,
desapegue da pequenez dos que o tratam com desdém,
e não reconhece a sua própria luz.
Só quem se liberta... evolui.
Seja de suas asas... o gestor,
faça da sua alma, luz...
amor.

Ari Mota

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