Eu que ávido por saber...
jamais entendera sobre
quântica.
Hoje, as 06h30min quando o
sol, tímido... descortinava,
uma “catadora de Papel”
ministrou a melhor das aulas.
Ao colocar o lixo, pediu-me
se poderia abri-lo,
queria retirar latinhas e o
mais importante, os lacres.
Pois, com eles trocaria por
cadeiras de rodas,
e que para o asilo ela doava:
“é pouco, mais é o que posso
fazer”
- faço com toda a minha
energia.
E eu... que sempre quis
quantizar a energia do amor,
em metáforas... e como virei
poeta, entendi tal grandeza,
que diante de tamanha
transcendência, e beleza,
emudeceu-me.
Diante de mim... perplexo,
estava uma alma quântica.
Parecia um anjo azul, um
adulto índigo,
irradiava uma luz interior,
quantizava a energia
molecular dos sentimentos.
Era toda... brandura, uma
infinita doçura.
O mundo ficou menor, e tudo
se apequenou:
o dinheiro, a soberba, a
avidez do lucro,
inclusive... eu.
Quis entender como quantizar
a energia do amor,
entender de quântica... e
consegui,
nem Albert Einstein, nem Max
Planck,
deram-me esta descoberta.
Eu que ando tentando inventar
um novo mundo,
e libertar-me do que me
limita,
e ando provocando com a minha
poesia,
um reformar da inteligência,
um reequilíbrio da alma,
com mestria,
quantizei a energia do afeto.
- e... é um ato apenas,
um lacre apenas,
uma atitude apenas,
singeleza...
amor.
Nada mais.
Ari Mota
Um comentário:
...ao passo que esta não é uma crônica apenas, uma reflexão apenas, uma mera constatação...este texto belíssimo é produto da capacidade de VER ALÉM, de espiar a energia da adulta índigo, cuja imensa ternura se agigantou dentro de ti, que não pode apequenar a alma que tens!!!
Posso deixar meu abraço cativo de afeto e admiração??
Postar um comentário