segunda-feira, 28 de maio de 2012

ALMA QUÂNTICA


Eu que ávido por saber...
jamais entendera sobre quântica.
Hoje, as 06h30min quando o sol, tímido... descortinava,
uma “catadora de Papel” ministrou a melhor das aulas.
Ao colocar o lixo, pediu-me se poderia abri-lo,
queria retirar latinhas e o mais importante, os lacres.
Pois, com eles trocaria por cadeiras de rodas,
e que para o asilo ela doava:
“é pouco, mais é o que posso fazer”
- faço com toda a minha energia.
E eu... que sempre quis quantizar a energia do amor,
em metáforas... e como virei poeta, entendi tal grandeza,
que diante de tamanha transcendência, e beleza,
emudeceu-me.
Diante de mim... perplexo, estava uma alma quântica.
Parecia um anjo azul, um adulto índigo,
irradiava uma luz interior,
quantizava a energia molecular dos sentimentos.
Era toda... brandura, uma infinita doçura.
O mundo ficou menor, e tudo se apequenou:
o dinheiro, a soberba, a avidez do lucro,
inclusive... eu.
Quis entender como quantizar a energia do amor,
entender de quântica... e consegui,
nem Albert Einstein, nem Max Planck,
deram-me esta descoberta.
Eu que ando tentando inventar um novo mundo,
e libertar-me do que me limita,
e ando provocando com a minha poesia,
um reformar da inteligência, um reequilíbrio da alma,
com mestria,
quantizei a energia do afeto.
- e... é um ato apenas,
um lacre apenas,
uma atitude apenas,
singeleza...
amor.
Nada mais.

Ari Mota

Um comentário:

Denise disse...

...ao passo que esta não é uma crônica apenas, uma reflexão apenas, uma mera constatação...este texto belíssimo é produto da capacidade de VER ALÉM, de espiar a energia da adulta índigo, cuja imensa ternura se agigantou dentro de ti, que não pode apequenar a alma que tens!!!

Posso deixar meu abraço cativo de afeto e admiração??